ADOECIMENTO MENTAL E SUICÍDIO NO TRABALHO: NEGAÇÃO DA CONDIÇÃO HUMANA PELO TRABALHO
Palavras-chave:
HANNAH ARENDT, SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES, SUICÍDIO NO TRABALHO.Resumo
Este artigo tem por objetivo abordar a questão da saúde psicossocial dos trabalhadores à luz dos conceitos de trabalho e obra de Hannah Arendt. Traz-se a diferenciação dos conceitos de obra e trabalho da autora, descrevendo o modo de produção contemporâneo e os riscos de adoecimento psíquico a que estão expostos os trabalhadores frentes às exigências de produtividade. A hipótese da pesquisa é que a condição humana do trabalho como garantidor da sobrevivência apresenta-se, na atualidade, enfrentando a acumulação flexível de capital que leva a um ambiente de trabalho que pode ocasionar sofrimento e adoecimento mental ao trabalhador, podendo até mesmo levar à sua morte. A metodologia aplicada foi de pesquisa bibliográfica. Considerou-se que as mudanças nas relações de trabalho e no ambiente impõem uma lógica de produção em sistemas de metas que não dá espaço à subjetividade, o que ocasiona a precarização das relações de trabalho e a quebra de laços interpessoais e da rede de solidariedade que outrora conferiam proteção à saúde mental do trabalhador, o que pode ocasionar seu adoecimento mental.