ABORDAGENS TRADICIONAIS DE ANÁLISE DE ACIDENTE DE TRABALHO

CARACTERÍSTICAS, CRÍTICAS E SUGESTÃO DE NOVA ABORDAGEM FUNDAMENTADA EM TEORIA GERAL DE SISTEMAS

Autores

Palavras-chave:

análise de acidentes, acidentes de trabalho, STAMP, CAST, erro humano, teoria geral de sistemas, inspeção do trabalho

Resumo

Atualmente, abordagens tradicionais de análise de acidente - como Queijo Suíço, Gravata Borboleta e Análise da Causa Raiz - são amplamente utilizadas por acadêmicos e profissionais da segurança e saúde no trabalho no estudo desses eventos. Todavia, em sua maioria, essas abordagens tradicionais baseiam-se em teorias da década de 1990 que, apesar de úteis, não são capazes de lidar adequadamente com toda a complexidade do mundo moderno, que inclui interação entre homem, máquina, algoritmo e ambiente. Igualmente, essas abordagens: limitam o potencial de aprendizado de um evento adverso; são influenciadas, em um nível indesejado, pela subjetividade do investigador do acidente; e sofrem do viés retrospectivo, inevitavelmente representando o “erro humano” ou “ato inseguro” como um dos fatores contribuintes do acidente. Esse trabalhou objetivou revisar a literatura a fim de identificar o estado da arte em análise de acidentes de trabalho. Como resultado, a abordagem STAMP/CAST, baseada em Teoria Geral de Sistemas – TGS, é apresentada como forma a superar as limitações das ferramentas tradicionais. Diversos estudos apontaram que STAMP/CAST foi superior às técnicas tradicionais na identificação de fatores causais e na geração de recomendações para prevenção de novos acidentes.

Biografia do Autor

  • Renan Guimarães Landi, Inspeção do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego

    Auditor-Fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, atuando, desde 2014, na análise de acidentes de trabalho e na fiscalização de segurança e saúde no trabalho (SST), principalmente. Foi coordenador regional de Análise de Acidentes em Rondônia de 2015 a 2019.

    Engenheiro de Computação pela Universidade Federal de São Carlos (2006), especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade União das Américas (2020) e mestrando em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo, na área de Trabalho, Tecnologia e Organização (TTO).

     

  • Uiara Bandineli Montedo, Departamento de Engenharia de Produção, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo (USP)

    Professora Doutora do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), na qual desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, com foco nos seguintes temas: Ergonomia, Engenharia de Segurança do Trabalho, Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar, Sistemas Agroalimentares, Agricultura Urbana, Combate à Fome e Saúde Planetária. Pesquisadora Associada do Centro de Inteligência Artificial (C4AI) da IBM/USP/FAPESP, no qual participa do Grupo AgriBio-Food Security (http://c4ai.inova.usp.br/agribio-en/), que busca desenvolver análises e soluções de Inteligência Artificial para a promoção e alcance da Segurança Alimentar e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde Planetária na Engenharia, que integra o Grupo de Pesquisa em Saúde Planetária, do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP). Ministra disciplinas em diversos cursos de Engenharia da Escola Politécnica da USP e no Curso de Design da FAU/USP. Membro da Comissão Organizadora da Jornada de Ergonomia na Poli, evento internacional, anual e gratuito organizado pelo Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, com apoio do Instituto Trabalhar. Membro do Conselho Científico do Instituto Trabalhar (https://www.institutotrabalhar.com.br). Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Escola Politécnica da USP, graduada em Engenharia Agronômica (1986), Mestre em Engenharia de Produção (1994) e Doutora em Engenharia de Produção (2001), titulações estas obtidas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Durante o período de Doutorado obteve bolsa de Doutorado Sanduíche concedida pela CAPES com duração de 16 meses, na França, nos quais desenvolveu atividades em três instituições francesas: Université Bordeaux 2 - Laboratoire dês Systèmes Complexes, École Pratique des Hautes Etudes (EPHE) e Agence Nationale pour l'Amélioration des Conditions de Travail (ANACT)

Downloads

Publicado

2023-12-22